Spoilers LEVES!
Eu sempre vou dizer e insistir incansavelmente que a saga de livros nunca deveria ter passado do terceiro volume, A Fúria. Até lá, ela cumpriu muito bem seu objetivo inicial: um triângulo amoroso fatal entre dois irmãos e uma garota parecida com uma antiga namorada deles. Até então, todos os acontecimentos foram bem ligados e conectados. L.J Smith provava que conhecia seus personagens e não os traia, sem mudar a personalidade dos mesmos radicalmente de uma hora para outra. “A Fúria” carregou em sua essência um clímax que impressionantemente revelou todas as pontas soltas deixadas em o Despertar e o Confronto. A autora ainda cometia um deslize aqui e ali – mas nada tão gritante.
Então começou a pressão da editora, que ficou infeliz com o final de “A Fúria” e pediu para L.J escrever uma continuação, que finalizaria a história dos habitantes de Fell’s Church de outra forma. O primeiro grande erro aconteceu ali. Se nos três primeiros tudo era conectado e acontecia por um propósito, o quarto apenas reuniu histórias criadas do nada e sem lógica alguma para enrolar até o final – onde o destino de Elena mudaria. Pior do que isso foi ver a personagem Bonnie morrendo pouco a pouco. Ela costumava ser minha personagem favorita da saga e em Reunião Sombria se tornou uma pessoa realmente irritante. Ela era alegre e bem humorada. No quarto volume, encontramos uma adolescente absurdamente insegura, manipulável e medrosa. Para fechar com chave de ouro, ela se transformou naquela protagonista que vê o mundo desabando diante dos seus olhos e não faz nada – apenas observa.
Em 2009, L.J Smith resolveu continuar Diários do Vampiro depois de dez anos com uma nova saga: O Retorno. Sinceramente, acho que ela deve ter enlouquecido nesse meio tempo, por mais que me doa dizer isso como fã. Basta alguém comparar os livros lançados na década de 90 e depois de 2000 para notar a perda de qualidade. Em “Anoitecer”, os leitores encontraram volumes mais extensos e aprofundados. A escrita de L.J ficou mais confusa, o que me fez demorar a entender os novos vilões e a história deles, afinal eram criaturas quase desconhecidas, vindas diretamente da mitologia japonesa. Só quem leu sabe a confusão que esse livro foi – um vai e vem danado. Histórias se repetiam e o enredo girava em círculos. Além disso, a personalidade dos personagens começou a mudar radicalmente.
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sexta-feira, 10 de agosto de 2012
[RESENHA] Análise de "Diários do Vampiro", a saga de livros
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